sexta-feira, 22 de junho de 2012

Estranha sensação

Uma estranha coincidência, uma estranha sensação. Aquele lugar... Que lugar é aquele? Tudo que se vê é uma sala. Nem  grande, nem pequena. Somente discreta. É triste, é abandonado, é solitário; porém bonito, pelos fortes raios de sol que passam pelo vidro quebrado da janela, e refletem nas teclas empoeiradas, e quem sabe quase intocadas, de um grande piano, encostado em uma parede suja da sala, devido à velhice do local.
Em volta, muitos armários, destruídos pelas traças e lotados de papéis, e também, muitos quadros. O que se sente é o cheiro forte da madeira velha e dos papéis guardados. O que se vê é o efeito do tempo. Diversas vezes me senti neste lugar, em sonhos e pensamentos repentinos. Por quê? Me pego pensando se estive ou estarei lá em algum dia da minha vida. Era tudo tão próximo, e também distante. Desconfortável, e agradável.
Feliz e triste. Tão conhecido, tão vivido, e ao mesmo tempo, desconhecido e esquecido; familiar e esquisito.
É o quarto dos paradoxos.

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